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Sou feita de momentos de tempo, de essências que vagueiam com o vento, de pedaços doces e amargos, que o tempo e o vento juntaram enrolados. Sou feita de olhares e palavras, sou recortes, outros gestos e toques, sou essência misturada e outros ventos, em fugazes ou eternos tempos. Sou feita de emoções de instantes, vendidas em esquinas de sons, onde a alma segreda o que era antes, onde o espírito reflecte todos os tons. Sou feita de eterno sangue de amor, entre os toques de outros que me deram o ser, cresci em amor e pedaços que outros também me deram de dor, vagueei entre tempos na descoberta de entender o meu viver. Sou feita de gente pequena, em sentimentos de gente grande, sou feita de tela de uma qualquer cena, recordado sensações enormes de escrita de uma pena. Sou feita de essência do mundo, porque nasci no mundo e me dou ao mundo, sou mundo de mundos que me fizeram, sonho sou de criança em mulher menina. Sou feita de momentos de tempo, de essências que vagueiam com o vento, de pedaços doces e amargos, que o tempo e o vento juntaram enrolados."

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

“Nao~tenha medo de pensar diferente dos outros, tenha medo de pensar igual e descobrir que todos estão errados!”



Ontem
Me perdi em seu mundo
Hoje 
Só me perco em mim mesma
Quero te arrancar lá de dentro

Minha dor não é pontual
Meu sofrimento
Cão vira-lata
Queima, arde
Corrói minhas entranhas
Em uma febre insana
Que vai e volta sem avisar
Quando retorna me tira o fôlego

O torpor e o ódio das brigas
Agora são apenas um silencio
Imenso e vazio
E a sombria escuridão 
Toma conta de tudo

Minha raiva
Virou estranheza
Meu silêncio não me deixa pensar

Não tenho mais chão
Como caminhar?
Não tenho olhos para ver adiante
Não tenho mais nada
Nada. 

Só teu olhar 
e a avalanche de gelo 
que invadiu meu peito, pulmão, estômago, meu coração.

Sim, eu vou te esquecer
Até me convenci 
Durante estes poucos segundos de lucidez

Vejo o chão que meus pés tocam
Agora caminho
mentindo e enganando 
o tempo
meus olhos
meu ventre
meu coração
minha alegria
minhas lágrimas
minha raiva
minha vida
quanta mentira...











Boa sim. Boba não!

Decepção,


Eis um sentimento doído, mas que na verdade é mais culpa de quem sente do que de quem causou. Decepcionamo-nos porque colocamos todas as nossas expectativas em outra pessoa ou em alguma coisa. Quando o que esperávamos não acontece, vem como uma onda violenta, derrubando tudo.
Sentimo-nos decepcionados, traídos, enganados, vingativos e raivosos. A raiva, acredito, é o sentimento irmão da decepção, andam juntos.
É um sentimento desconfortável pra mim. Não gosto de sentir raiva. A raiva me desequilibra com todo o universo. Transforma-se em uma profusão de suspiros, arranca o sorriso do meu rosto, arrasta minha vontade. E sempre, sempre, termina em uma tristeza, sólida. Uma certeza de que fui enganada por que deixei, a decepção é de única e exclusiva culpa, minha! Isso porque eu tenho esse hábito que não consigo abandonar, o de ser crédula! Boba! Sinto-me a criatura mais boba do universo!
Conversando um dia com um colega sobre outro assunto e ele falou a seguinte frase: “Bom sim, bobo não!” parece um preceito simples. Mas tenho refletido sobre isso e descobri que na maioria das vezes tenho sido boba, muito boba! E pensando sobre mim mesmo e em quantas coisas que não gosto e faço para contentar alguém. Ou faço coisas que detesto, para que as outras pessoas se sintam bem. Descobri que na verdade não tenho vida própria, todos tomam decisões por mim, que aprendi a fingir e ouvir o que as pessoas falam mesmo detestando. E pior de tudo, fazem isso porque eu concordo, sou conivente que sejam “grileiros” em minha vida.
Resolvi fazer algumas mudanças: um espaço só meu na “minha” casa; Falar com as pessoas quando tiver vontade; Vestir aquilo que eu quero; Só discutir um assunto se realmente estiver interessada; Falar o que penso; Nunca mais dar satisfações, a não ser que ache necessário; Morrer e nascer todos os dias.
É claro, não é tão fácil, não pra mim, não no meio onde convivo. É como arrancar raízes de hera a anos incrustadas em uma parede, ficam sulcos profundos. Anos dessa “bondade” boba foi como a hera na parede, infiltrou e deixou sulcos em toda a minha personalidade. Paredes, rebocamos e deixamos nova. Mas, personalidades? Não. Vamos moldando com o tempo, com suas infiltrações, sulcos e cicatrizes!
Estou cansada de decepções, não quero mais esperar das pessoas, é vital aprender! Não quero mais sentir aquela tristeza toda por ouvir uma palavra em um tom ríspido, não quero mais marejar os olhos por um gesto, não quero mais me irritar por esperar alguma coisa que nunca virá.
Então, arrancarei as heras e que se danem! Agora é: “boa sim boba não”!